Chica da Silva
• LIVRO - CHICA DA SILVA - JOYCE RIBEIRO
Hoje é dia da consciência negra, data criada no Brasil em 20 de novembro de 2003, essa data faz referência ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, um dos líderes no período colonial, em Quilombo dos Palmares que é localizado no estado de Alagoas, Zumbi, que lutou contra as barbáries da escravidão, esse dia é para termos a consciência do horror que foi a escravidão, e a consequência disso é o racismo, que infelizmente nos dias atuais, parece não ter fim. Em consciência ao dia de hoje, eu decidi publicar minhas anotações de um livro que li em maio desse ano, porém abandonei a leitura pela metade; e, caro leitor, se o livro não for obrigatório, está tudo bem em interromper a leitura, se a mesma não te disperta euforia, e se acredita que não te agrega, você não é obrigado a ingerir uma obra literária que não lhe convém.
O livro é narrado pela jornalista Joyce Ribeiro, conta a história da nossa querida Chica da Silva, que nasceu no estado de Minas em Tejuco, e foi comprada pelo jovem Senhor João Fernandes, que logo se encantou pela beleza da negra e no dia 25 de dezembro de 1753 a presenteou com sua alforria, onde viveram uma união por 16 anos e juntos tiveram 15 filhos, até que João precisou realizar uma longa e difícil viagem pelos mares, deixando para Chica a administração de seus negócios, na qual ela exercia com esmero.
Neste enredo podemos refletir a época monstruosa que era a escravidão, seres humanos que não tinham direito a identidade pelo simples fato de ter a melanina negra.
A leitura do livro me fez pensar mais ainda no vergonhoso passado não muito distante, época que o Brasil foi roubado e aqui os ricos reinaram, e o por que de ser o negro o alvo, eu não sei, mas os burgueses e suas riquezas roubaram e violaram seres humanos e deles fizeram seus escravos.
Achei a narrativa cansativa, esperava mais da escrita, não terminei a leitura por sentir o enredo monótono.
A recomendação desta leitura é de sua suma curiosidade, a reflexão é particular e pessoal; eu em específico, larguei o livro na metade, também, a eu sentir uma certa revolta a história do passado, a submissão das mulheres e os negros tratados como animais, me causa muito desconforto rever essa parte da história, o período que não tem nada de romântico, e este livro me causou raiva, pois parecia uma história romântica, mas na verdade não é; eu encontro incômodo nos detalhes que a reflexão da época da escravidão me traz.
Para quem for ler esta obra, eu digo bem mais que boa leitura, saia da sua bolha e leia consciente, o passado é realmete vergonhoso e monstruoso, essa história não é um romance, mas sim, um fato.
AMOR TAMY VIANNA
Comentários
Postar um comentário